NÃO PERDER A
ESPERANÇA, VOTAR É O MELHOR CAMINHO!
Amigos,
Nesta semana abro espaço no
blog para conversar com vocês sobre este momento tão ímpar da democracia
brasileira: as eleições.
A grande mídia brasileira,
em especial a Rede Globo e a Revista Veja, que prestaram amplos serviços a
ditadura militar, agora faz um ataque cruel a democracia brasileira, nesse
caso, não falo de ataques a partidos, falo de depreciação da política e das
eleições. Esses meios de comunicação há algum tempo julgam-se donos da verdade
absoluta e como perderam grande das receitas vindas do estado brasileiro ora se
revoltam num ataque nunca visto.
Esses meios temem, na
verdade, que o surgimento de novos canais de comunicação, em especial a
internet lhes tire o poder de influência que sempre tiveram e, por isso, vivem
da produção de factoides jornalísticos sem revelar nenhuma prova contra aqueles
os quais acusa e o pior, sem abrir espaço para a defesa do acusados.
Não se deixem levar pelos
falsos sorrisos de apresentadores e pela fúria às vésperas da eleição praticada
nesses últimos 12 anos de forma incessante.
A atuação de diversos
movimentos sociais que buscam por mídias alternativas não é um fato recente. Há
vinte ou trinta anos, grupos que resistiram à ditadura civil-militar instalada
no país em 1964 lutavam pela democratização da mídia, educação para mídia e uma
mídia comunitária. Diante desse cenário do golpe militar, o jornalismo sindical
se fortalece na atuação da política brasileira visando a mobilizar a classe
trabalhadora que desejava mudanças e reconhecimentos das esferas públicas.
Diversas conferências que
buscavam discutir a democratização dos meios de comunicação com reivindicações
e organizações de movimentos sociais tiveram êxito durante os governos Lula/Dilma
que, em tese, é visto pelo espectro político de esquerda, e se propôs a
dialogar com esse movimento. O Brasil teve mais de cem conferências. No
entanto, setenta dessas, ocorreram durante a gestão do governo Lula.
A mídia é um duplo poder:
econômico e político, o único que tem liberdade é o dono. Ainda tem os
interesses ideológicos e a consequente manipulação da informação. O que não
interessa é omitido e o que interessa é realçado. Atualmente, 30 impérios
comandam a comunicação no mundo. No Brasil, está na mão de apenas sete
famílias: Marinho (Globo), Abravanel (SBT), Saad (Band), Macedo (Record), Frias
(Folha), Mesquita (Estadão) e Civita (grupo Abril/UOL/Veja).
O foco paulistano da mídia
junto com a hidra carioca tenta a todo custo manipular informações e restringir
a participação popular em seus programas criando estereótipos de cunho
depreciativo como a série “Sexo e as Negas” da Globo ou com os debates eleitorais
com os ‘principais candidatos’ a presidência ou ao governo ou ao senado, por
exemplo.
A questão do marco
regulatório não se trata de controle da mídia, porque a própria grande mídia é
que diz isso.
O marco regulatório da mídia
não soa bem diante dos empresários e políticos que detêm o monopólio dos meios
de comunicação. O termo “regulatório” tem uma carga pesada e dá ideia de
censura aos meios de comunicação. As concessões de rádio e TV aconteceram
principalmente durante a ditadura civil-militar instalada em 1964, onde a
classe empresarial e política mantinham laços de interesses com os militares.
Quando se fala em democratizar os meios de comunicação, em nenhum momento, se
visa limitar e ferir a liberdade de imprensa que é dos pilares para manter a
nossa democracia representativa, mas sim a ampla participação da sociedade
civil e acesso a informações e notícias de qualidade.
Enquanto setores contrários
ao marco regulatório usam o discurso raso que isso poderá ferir a liberdade de
imprensa que é defendida no artigo 220 da Constituição Federal, eles rasgam a
nossa Constituição que proíbe os monopólio e oligopólio dos meios de
comunicação. Se, na atual sociedade de massas, a verdadeira liberdade de
expressão só pode exercer-se através dos órgãos de comunicação social, é
incongruente que estes continuem a ser explorados como bens de propriedade
particular, em proveito exclusivo de seus donos. Os veículos de expressão
coletiva devem ser instrumentos de uso comum de todos.
Nesse modelo de sistema
democrático do Brasil, os meios de comunicação, em tese, deveriam ser visto
como bem público, pois se tratam de concessões públicas, porém usadas para fins
privados. As discussões da democratização dos sistemas de comunicação estão em
pauta e a sociedade civil e organizada busca o direito fundamental à
informação, bem como a liberdade do cidadão de poder se expressar e ter voz
através dos meios de comunicação. Trata-se, antes de mais nada, de construir um
sistema institucional que impeça ou, pelo menos, dificulte seriamente a
monopolização dos meios de comunicação de massa pela classe empresarial. Para
tanto, é preciso proibir que os veículos de comunicação sejam explorados por
organizações capitalistas; o que significa vedar a utilização das formas
societárias mercantis, pois em todas as sociedades comerciais o poder de
controle pertence aos detentores do capital.
A verdadeira democratização
da mídia não se faz apenas com a pluralidade da mídia, mas com a participação
de todos os cidadãos para que tenham uma legitimidade de informações a todos. O
assunto está em pauta e se torna uma questão inadiável.
A manchete da Folha de hoje é reveladora: no momento que a presidenta Dilma sobe em todas as pesquisas e aponta para uma vitória já no primeiro turno. O jornal tenta desconstruir essa trajetória vitoriosa com uma manchete tendenciosa sobre promessas não cumpridas. Isso é manipulação da pior espécie.
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