segunda-feira, 29 de setembro de 2014

NÃO PERDER A ESPERANÇA, VOTAR É O MELHOR CAMINHO!

NÃO PERDER A ESPERANÇA, VOTAR É O MELHOR CAMINHO!
Amigos,

Nesta semana abro espaço no blog para conversar com vocês sobre este momento tão ímpar da democracia brasileira: as eleições.

A grande mídia brasileira, em especial a Rede Globo e a Revista Veja, que prestaram amplos serviços a ditadura militar, agora faz um ataque cruel a democracia brasileira, nesse caso, não falo de ataques a partidos, falo de depreciação da política e das eleições. Esses meios de comunicação há algum tempo julgam-se donos da verdade absoluta e como perderam grande das receitas vindas do estado brasileiro ora se revoltam num ataque nunca visto.

Esses meios temem, na verdade, que o surgimento de novos canais de comunicação, em especial a internet lhes tire o poder de influência que sempre tiveram e, por isso, vivem da produção de factoides jornalísticos sem revelar nenhuma prova contra aqueles os quais acusa e o pior, sem abrir espaço para a defesa do acusados.
Não se deixem levar pelos falsos sorrisos de apresentadores e pela fúria às vésperas da eleição praticada nesses últimos 12 anos de forma incessante.
A atuação de diversos movimentos sociais que buscam por mídias alternativas não é um fato recente. Há vinte ou trinta anos, grupos que resistiram à ditadura civil-militar instalada no país em 1964 lutavam pela democratização da mídia, educação para mídia e uma mídia comunitária. Diante desse cenário do golpe militar, o jornalismo sindical se fortalece na atuação da política brasileira visando a mobilizar a classe trabalhadora que desejava mudanças e reconhecimentos das esferas públicas.

Diversas conferências que buscavam discutir a democratização dos meios de comunicação com reivindicações e organizações de movimentos sociais tiveram êxito durante os governos Lula/Dilma que, em tese, é visto pelo espectro político de esquerda, e se propôs a dialogar com esse movimento. O Brasil teve mais de cem conferências. No entanto, setenta dessas, ocorreram durante a gestão do governo Lula.
A mídia é um duplo poder: econômico e político, o único que tem liberdade é o dono. Ainda tem os interesses ideológicos e a consequente manipulação da informação. O que não interessa é omitido e o que interessa é realçado. Atualmente, 30 impérios comandam a comunicação no mundo. No Brasil, está na mão de apenas sete famílias: Marinho (Globo), Abravanel (SBT), Saad (Band), Macedo (Record), Frias (Folha), Mesquita (Estadão) e Civita (grupo Abril/UOL/Veja).

O foco paulistano da mídia junto com a hidra carioca tenta a todo custo manipular informações e restringir a participação popular em seus programas criando estereótipos de cunho depreciativo como a série “Sexo e as Negas” da Globo ou com os debates eleitorais com os ‘principais candidatos’ a presidência ou ao governo ou ao senado, por exemplo.

A questão do marco regulatório não se trata de controle da mídia, porque a própria grande mídia é que diz isso.

O marco regulatório da mídia não soa bem diante dos empresários e políticos que detêm o monopólio dos meios de comunicação. O termo “regulatório” tem uma carga pesada e dá ideia de censura aos meios de comunicação. As concessões de rádio e TV aconteceram principalmente durante a ditadura civil-militar instalada em 1964, onde a classe empresarial e política mantinham laços de interesses com os militares. Quando se fala em democratizar os meios de comunicação, em nenhum momento, se visa limitar e ferir a liberdade de imprensa que é dos pilares para manter a nossa democracia representativa, mas sim a ampla participação da sociedade civil e acesso a informações e notícias de qualidade.

Enquanto setores contrários ao marco regulatório usam o discurso raso que isso poderá ferir a liberdade de imprensa que é defendida no artigo 220 da Constituição Federal, eles rasgam a nossa Constituição que proíbe os monopólio e oligopólio dos meios de comunicação. Se, na atual sociedade de massas, a verdadeira liberdade de expressão só pode exercer-se através dos órgãos de comunicação social, é incongruente que estes continuem a ser explorados como bens de propriedade particular, em proveito exclusivo de seus donos. Os veículos de expressão coletiva devem ser instrumentos de uso comum de todos.

Nesse modelo de sistema democrático do Brasil, os meios de comunicação, em tese, deveriam ser visto como bem público, pois se tratam de concessões públicas, porém usadas para fins privados. As discussões da democratização dos sistemas de comunicação estão em pauta e a sociedade civil e organizada busca o direito fundamental à informação, bem como a liberdade do cidadão de poder se expressar e ter voz através dos meios de comunicação. Trata-se, antes de mais nada, de construir um sistema institucional que impeça ou, pelo menos, dificulte seriamente a monopolização dos meios de comunicação de massa pela classe empresarial. Para tanto, é preciso proibir que os veículos de comunicação sejam explorados por organizações capitalistas; o que significa vedar a utilização das formas societárias mercantis, pois em todas as sociedades comerciais o poder de controle pertence aos detentores do capital.


A verdadeira democratização da mídia não se faz apenas com a pluralidade da mídia, mas com a participação de todos os cidadãos para que tenham uma legitimidade de informações a todos. O assunto está em pauta e se torna uma questão inadiável.

Um comentário:

  1. A manchete da Folha de hoje é reveladora: no momento que a presidenta Dilma sobe em todas as pesquisas e aponta para uma vitória já no primeiro turno. O jornal tenta desconstruir essa trajetória vitoriosa com uma manchete tendenciosa sobre promessas não cumpridas. Isso é manipulação da pior espécie.

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