sábado, 3 de maio de 2014

As falácias neoliberais sobre o trabalho

As falácias neoliberais sobre o trabalho
Entre suas propostas de desregulamentação, o neoliberalismo colocou ênfase na flexibilização laboral. Por trás dessas palavras está a precarização do trabalho.
por Emir Sader em 03/05/2014 às 08:17

Entre suas propostas de desregulamentação, o neoliberalismo colocou forte ênfase na “flexibilização laboral”. Por trás dessa palavra atraente  - assim como a de “informalização” – o que se esconde é a precarizacao das relações de trabalho, é o trabalho sem carteira de trabalho.
Esta foi uma das transformações mais importantes pregadas pelo neoliberalismo. Junto a ela promoveu a invisibilização das temáticas do mundo do trabalho. O aumento do desemprego e do que eles chamam de “desemprego tecnológico”, alegando que a tecnologia dispensa mão de obra, produzindo mais com menos trabalhadores, com aumentos de produtividade.
Se colocaria para o trabalhador a alternativa entre seguir empregado, mas baixando a produtividade e a competitividade da empresa e do próprio país ou sair do mercado para melhorar sua qualificação e retornar depois. Na verdade, não existe o tal “desemprego tecnológico”.
Quando há um aumento de produtividade, significa que se pode produzir a mesma mercadoria em menos tempo, digamos, na metade do tempo. Não se deduz imediatamente daí, que se deve expulsar tralhadores dos seus empregos. Há três alternativas: ou se produz o dobro da mesma mercadoria e se mantem a todos os trabalhadores empregados. Ou se produz a mesma quantidade de mercadorias e se diminui a jornada de trabalho pela metade. Ou então – que é o costume acontecer – se continua produzindo a mesma quantidade de mercadorias e se manda embora a metade dos trabalhadores.
Não é a tecnologia que manda embora aos trabalhadores, não é ela que desemprega. É a luta de classes, é quem se apropria do desenvolvimento tecnológico, que pode servir seja para diminuira a jornada de trabalho ou para aumentar os lucros dos empresários.
Quando foi inventada a luz elétrica, a primeira consequência nao foi a melhoria das condições de vida na casa das pessoas, mas a introdução da jornada noturna de trabalho. A culpa não foi do Thomas Edson, mas da apropriação dessa invenção para estender a jornada de trabalho e a super exploração dos trabalhadores.
Desde que se fez a crítica do paradigma da centralidade do trabalho, como uma visão reducionista em relação às outras contradições, se impôs uma tendência oposta, a de fazer do trabalho uma atividade menor, sem transcendência. Exatamente quando mais gente que nunca vive do seu trabalho. De atividades heterogêneas, diversificadas, frequentemente com o mesmo trabalhador em vários empregos ao mesmo tempo. Mas trabalham homens e mulheres, idosos, jovens e crianças, brancos e negros – todos ou quase todos vivem do seu trabalho.
No entanto o tema do trabalho quase desapareceu, inclusive no pensamento social, em que a sociologia do trabalho passou, em poucas décadas, de uns dos ramos mais buscados a um especialidade entre outras. A mídia invisibiliza a atividade que mais ocupa as pessoas no mundo – a atividade laboral. Como se a tecnologia tivesse reduzido o trabalho a uma atividade virtual, sem esforço físico, sem desgaste de energia, sem a super exploração de jornadas de trabalho esgotadoras e intermináveis.
Para completar, tentam sempre fazer do primeiro de maio o Dia do trabalho e não do trabalhador.

terça-feira, 29 de abril de 2014

SOBRE UMA BREVE CONJUNTURA

SOBRE UMA BREVE CONJUNTURA


Hoje foi um dia interessante. Mas eu tenho alguma paciência. Com alguns ela existe porque entendo as limitações teórico-filosóficas que permeiam suas mentes, com outros porque eu sei que estão me testando, para ver o que vou responder, o que vou dizer. Isso me deixa feliz porque as minhas palavras servem para alimentar de alguma forma essas mentes e esses corações que tanto clamam, apesar de não serem uma 'voz que clama no deserto'. Vamos por partes:

1 - Perfeita a atitude do Dani Alves em comer a banana, enfim potássio faz falta a atletas de alto rendimento. Mas a resposta, dada no toque de chute de chuteira, para ser redundante, foi singelamente um soco.
2 - Sobre postagem sobre Richarlysson temos uma outra coisa em jogo... homossexualidade e futebol.

Stand By: O primeiro se trata de racismo declarado, inflamado pela direita europeia que, primeiro é racista e depois xenófoba. Ocorre que na América Latina, e em especial no Brasil, estes temas tão difundidos nos anos 1990, estão em stand by. O segundo é um caso de preconceito, clássico, que sentimos no olhar de algumas pessoas todos os dias, esse é um mal criado. 

=> Ninguém nasce racista, ninguém nasce xenófobo, ninguém nasce homofóbico. Isso se ensina na cultura, no cotidiano da história, nas sociedades de cunho escravocrata, europeia-caucasiana, dotada de religiosidade e de tradições patriarcais e machistas.

3 -O item 3 não faltaria. E não vou criticar o CQC. Vou conclamar os petistas, como eu, e os simpatizantes a assumirem que são petistas. A declarar o nosso amor pelo Brasil, por Minas Gerais e por Uberlândia. Vamos mostrar à direita raivosa, aos coronéis do cerrado, e a mídia burguesa que trabalhamos, que lutamos por uma sociedade mais justa e igualitária. Não somos as vítimas. Por isso petistas, que tenham dores em seus corações, tenham coragem, altivez. Temos irrestritamente o apoio, por mais de 30 anos de 33% da população brasileira, que nos confia seus votos, que acreditam nos nossos projetos. Os oposicionistas de Uberlândia, caminham na ambiguidade e a população verá isso. O CQC fez, ainda que pairem dúvidas sobre matéria paga ou não paga, o seu papel humor com notícia, beirou o besteirol, mas já passamos por coisa pior e vencemos.

4 - Um recado ao PSB - SAIA DE CIMA DO MURO. ROMPA COM O PT E COM O PSDB, se querem ser, de fato, a TERCEIRA VIA, criem um caminho que atraia a sociedade, porque um socialista que se junta a uma ultraconservadores, como Marina Silva, não merece nosso respeito. Que Eduardo Campos e Marina Silva saiam do armário e mostrem a que vem. Sobre Aécio, PSDB e DEM, tenho preparado outro post. Para as esquerdas, compreendam que o ataque da direita é feroz, nós temos que nos unir, as esquerdas e suas militâncias devem se unir, que cobrem do nós do PT unidade na luta e no projeto de nação, de estado e de cidade, mas que marchemos unidos.

5 - Se querem debater conosco, debatam projetos. Debater pessoas é, num país como o nosso, empobrecer o que o nosso país tem de mais pobre: o gosto da maioria pelos políticos-partidários. A direita meus amigos, não quer debater projetos, quer debater pessoas, não caiam nesta armadilha. Vamos debater projetos. Ai sim veremos quem faz para o povo.

6 - Por fim, fica o chamado da CUT : NENHUM DIREITO A MENOS. QUEREMOS MAIS.

*** Só debateremos projetos.


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