EM DEFESA DOS DIREITOS, SALÁRIOS E EMPREGOS: TODOS A BRASÍLIA!
08/02/2013
Em 6 de março,
centrais sindicais e movimentos sociais vão marchar juntos por
As centrais sindicais e movimentos sociais vão estar juntos no próximo
dia 6 de março (quarta-feira), em Brasília, na Marcha a Brasília por
Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho. Clique aqui para ver a convocação da CUT para a Marcha.
“Ampliaremos a pressão sobre o governo
federal e o Congresso Nacional pela retomada dos investimentos públicos, em
defesa da produção, dos direitos, dos salários e empregos de qualidade,
garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do
sistema financeiro”, declarou o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Vagner Freitas, conclamando as Confederações, Federações e Sindicatos a
jogarem pesado junto às bases para ocupar a Esplanada dos Ministérios.
“É hora de fazer frente à
desnacionalização e à desindustrialização para potencializar o crescimento do
país”, sublinhou o líder cutista, destacando a importância de ampliar a
convocação e a mobilização do conjunto das entidades populares, “pois as
bandeiras da Marcha dialogam com o conjunto da sociedade”.
AGENDA COMUM -Na pauta comum,
ressaltou Vagner, estão a redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do
fator previdenciário, 10% do PIB para a educação, negociação coletiva no setor
público, reforma agrária, 10% do orçamento da União para a saúde, combate à
demissão imotivada, valorização das aposentadorias e igualdade de oportunidades
entre homens e mulheres, com salário igual para trabalho igual.
Nesta sexta-feira (8), em São Paulo, o
presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, participou
de uma reunião das centrais em preparação ao dia 6. De acordo com Daniel, “a
UNE e o conjunto da juventude brasileira apoiam e participam da agenda de luta
dos trabalhadores e centrais sindicais”. “É preciso unir o movimento sindical
brasileiro para conquistar a redução da jornada de trabalho sem redução de
salário e 10% do PIB para a educação com recursos dos royalties do pré-sal”,
destacou.
REFORMA AGRÁRIA -Para o secretário
geral da CUT, Sérgio Nobre, que representou a Central na reunião, “a
manifestação será uma forte demonstração da unidade do povo brasileiro na luta
por um país mais próspero, soberano e justo”. Bandeiras como a redução da
jornada, o fim do fator previdenciário, que arrocha em até 40% os
benefícios dos aposentados e pensionistas, e a reforma agrária, que
“representa justiça no campo e alimento mais barato na cidade”, defendeu
Sérgio, tem um alto poder de convocação e mobilização.
“No Brasil, apenas 10% dos fazendeiros
possuem áreas acima de 200 hectares, controlando 85% de todo o valor da
produção agropecuária, destinada à exportação, sem agregar valor, e encarecendo
o preço dos alimentos que chegam à mesa do trabalhador. Defendemos o
fortalecimento da agricultura familiar – responsável pela produção de mais de
70% dos alimentos em nosso país – e a ampliação e aceleração dos processos de
desapropriação para fins de reforma agrária, atendendo emergencialmente as áreas
reivindicadas para assentamento das famílias acampadas, com uma meta, a curto
prazo, de 200 mil famílias”, defendem as centrais sindicais. Ao mesmo tempo,
reitera a convocatória da Marcha, “reivindicamos maior investimento público na
assistência técnica e extensão rural , bem como a implementação de ações de
combate ao desemprego e à informalidade no campo, assegurando aos assalariados
rurais o efetivo acesso aos seus direitos sociais”.
CONTRA AS
PRIVATIZAÇÕES –O jornal elaborado pelas centrais sindicais alerta que “os trabalhadores
portuários e os petroleiros estão mobilizados em defesa do patrimônio nacional,
diante das ameaças de privatização e das concessões em curso”. “Tais medidas
governamentais permitem que as transnacionais – vitaminadas com financiamentos
públicos via BNDES – avancem sobre setores estratégicos da nossa economia,
comprometendo o desenvolvimento soberano do país. Para completar, esses
atropelos também comprometem a geração de emprego, salários e a garantia de
direitos trabalhistas. Por isso, os trabalhadores se insurgiram e iniciaram um
processo de mobilização para deflagrar greves nacionais a fim de garantir suas
conquistas e impedir a entrega do patrimônio público à iniciativa privada”,
asseveram as centrais.
MULHERES NA LUTA -Na véspera do dia 8
de março, trabalhadoras e trabalhadores também vão reforçar a luta pela
igualdade: “A eleição de Dilma Rousseff para a presidência da República não
reduziu a exploração a que as mulheres são submetidas na sociedade. O centro da
luta ainda é a igualdade de gênero, salário igual para trabalho igual e o fim
da violência doméstica contra o sexo feminino. Erradicar toda e qualquer forma
de discriminação é avançar rumo a uma sociedade justa, livre da pobreza e com
igualdade de oportunidades entre homens e mulheres”.