quinta-feira, 11 de setembro de 2014

VOTE PELA ESCOLA PÚBLICA E ELEJA QUEM FAZ PARTE DA NOSSA LUTA!

TRABALHADOR(A) EM EDUCAÇÃO
VOTE PELA ESCOLA PÚBLICA E ELEJA QUEM FAZ PARTE DA NOSSA LUTA!

É preciso garantir no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital a participação de quem compartilhados interesses do educador e luta por uma educação pública de qualidade, laica, gratuita e socialmente referenciada.
Outras categorias de trabalhadores lutam para ter seus representantes no Legislativo, conscientes da importância de aumentar sua base no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital para influenciar a legislação a seu favor.
Na Educação tem havido queda na representação na Câmara dos Deputados: em 2002, 153 titulares se autoproclamaram professores. Nas Eleições de 2006, foram 129 professores deputados e em 2010, o número caiu para 60. E desse número, somente alguns estão realmente envolvidos com a causa da Educação.

Todos os grandes projetos que trouxeram melhorias para o setor foram de iniciativa ou tiveram o apoio de trabalhadores em educação (professores ou funcionários) no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital.




OS NOVOS CORONÉIS DA POLÍTICA MINEIRA QUEREM CALAR OS EDUCADORES MINEIROS

OS NOVOS CORONÉIS DA POLÍTICA MINEIRA QUEREM CALAR OS EDUCADORES MINEIROS

Beatriz da Silva Cerqueira
Professora, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG

Minas Gerais é realmente um estado de exceções. Por aqui, os poderes da República, que deveriam zelar pelos interesses públicos, zelam pelos interesses do grupo político que comanda o Estado.
            São poucos os promotores de justiça que atuam com autonomia e defendem os interesses da população. O Tribunal de Contas do Estado firmou acordo para que o Governo tivesse um “prazo” para cumprir a Constituição Federal e investir o mínimo de 25% de impostos em educação. Lembrando que a Constituição é de 1988 e o acordo foi firmado em 2012.
            A Assembleia Legislativa, por diversas vezes, abriu mão da sua prerrogativa de legislar e, a cada início de mandato, outorga ao Governador o direito de fazer leis, através das leis delegadas. O escândalo do helicóptero de um deputado estadual e a entrega do Mineirão à iniciativa privada foram ignorados pela Casa.
            O grande investimento de recursos públicos em campanhas publicitárias e uma mão de ferro que acompanham o cotidiano das redações impedem que a imprensa mineira divulgue os problemas que o Estado enfrenta, como também impediu, nos últimos 12 anos, que qualquer crítica à gestão do choque de gestão fosse feita. O aeroporto em Cláudio existe há muito tempo, mas somente em 2014 a situação se tornou pública.
            E mesmo o Brasil sabendo o que acontece por aqui, o atual grupo político que comanda o Estado insiste na política da mordaça. Há anos o Sind-UTE/ MG, Sindicato que representa os trabalhadores em educação da rede estadual, utiliza mídia paga para dialogar com a comunidade escolar. A estratégia é necessária em função do comprometimento da maioria dos donos dos meios de comunicação com o governo, que não veiculam críticas ao Executivo Estadual. E a exemplo do que fizemos em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, elaboramos este ano, peças para fazer este diálogo. Por sua vez, a estratégia do Governo do Estado e do seu candidato à sucessão, foi tentar transformar o debate por uma educação pública, que é o que o Sindicato faz, numa agenda eleitoral, nos acusando de propaganda eleitoral negativa. Até o início de setembro foram nove representações contra a entidade. E, para a vergonha dos mineiros, o Tribunal Regional Eleitoral, adotou a tese, concordando com a tentativa de calar a categoria durante as eleições. Como é possível que, no período eleitoral, não se possa questionar, criticar, dizer sobre as condições da escola pública? Querem nos colocar num lugar de invisibilidade, anulando o nosso papel de dizer as reais condições em que se encontram as escolas e seus profissionais. Como fica o debate democrático, se a população é impedida de conhecer a realidade? É isso que o Tribunal Regional Eleitoral quer impor aos educadores mineiros: que fiquemos calados, que não critiquemos, que não demos a nossa opinião. Com essa prática prevalece a velha política do coronelismo: política é coisa para os profissionais, não para o trabalhador.
            Como um candidato que não consegue lidar com a crítica, com o pensamento divergente, quer ser governador? No século XXI é impossível o pensamento hegemônico, o monopólio da fala e das ideias, não cabe mais o monólogo, o controle do pensamento. Isso foi enterrado quando Hitler perdeu a 2ª Guerra Mundial. Não podemos permitir o surgimento de novos tiranos! Por tudo isso e por uma educação de qualidade persistimos!