UBERLÂNDIA – 126 ANOS.
CIDADE EDUCADORA: DESAFIOS,
LIMITES E POSSIBILIDADES
Estamos
há mais de 18 meses do início do governo de Gilmar Machado em Uberlândia o qual
assumiu um compromisso dos mais difíceis: a cidade educadora.
O
conceito de Cidades Educadoras começou como um movimento, em 1990,com base no I
Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona, quando
um grupo de cidades representadas por seus governos locais, pactuou o objetivo
comum de trabalhar juntas em projetos e atividades para melhorar a qualidade de
vida os habitantes, a partir da sua participação ativa na utilização e evolução
da própria cidade e de acordo com a carta aprovada das Cidades Educadoras. Mais
tarde, em 1994, o movimento foi formalizado como o III Congresso Internacional
em Bolonha.
Para
uberlandenses e uberlandinos os princípios de uma cidade educadora ainda não
estão claros, ainda mais numa cidade em que as frases motivadoras da gestão
pública estão ligadas a obras e aos fazer obras.
A
cidade educadora tem como princípios:
ü Trabalhar
a cidade como grande espaço educador;
ü Trabalhar
a escola como espaço comunitário;
ü Aprender
na cidade, com a cidade e com as pessoas;
ü Valorizar
o aprendizado vivencial;
ü Priorizar
a formação de valores
Sabedores
desses princípios entendemos o tamanho dos desafios, porque não basta apenas os
cidadãos e cidadãs do município conhecê-los, eles tem que se envolver nessa
mudança de paradigmas, mudança essa em que a escola e a educação ocupam um
lugar central.
A
diversidade é inerente às cidades atuais e prevê‐se que aumentará ainda mais no futuro. Por
esta razão, um dos desafios da cidade educadora é o de promover o equilíbrio e
a harmonia entre identidade e diversidade, salvaguardando as contribuições das
comunidades que a integram e o direito de todos aqueles que a habitam, sentindo‐se reconhecidos a partir de
sua identidade cultural.
Conforme
Colomer
somos
as pessoas físicas que compartilham um território e uma cultura urbana: as
construções e demais elementos da paisagem urbana, as instituições ou pessoas
jurídicas, as ideias e conceitos, os valores e símbolos, os instrumentos e as
técnicas que formam nossa experiência coletiva, a memória dos fatos
compartilhados e o projeto de futuro que estamos construindo”. COLOMER (1999,
p.18)
Assim,
o limite da cidade educadora é a própria cidade e a falta de se sentir parte
dela de cada indivíduo.
A
medida em que cada cidadão toma consciência de sua importância no espaço urbano
e consegue entender a vida urbana
também, como uma luta solidária para combater o sofrimento e a desigualdade e
para conseguir uma maior coesão social será possível em uma sociedade
democrática e cada vez mais solidária.
Os
limites só se tornarão possibilidades quando o poder público promover campanhas
educativas e informativas de forma a mobilizar as pessoas para se envolver
nesse projeto.
A
cidade educadora não é um projeto de obras é um projeto multidimensional de
convivência e de relações baseadas no respeito, no tratamento positivo da
diferença, na informação e na participação.
Portanto
é um processo coletivo a ser construído e reconstruído assim como a paisagem
urbana e suas constantes mudanças, valorizando o lugar nas dimensões
históricas, geográficas culturais e sociais.
Referências
Associación Internacional de Ciudades Educadoras. Carta de Ciudades
Educadoras, Barcelona 1990
COLOMER, Jaume. La Ciudad Educadora: Conceptos, Estratégias e Acciones.
Palestra proferida no 1º Encontro Brasileiro de Cidades Educadoras em 7, 8 e 9
de outubro de 1999. In: documento organizado pela prefeitura de Porto Alegre,
SMED
Para saber mais
Título: A Cidade Educadora
Autora: Maria Belén Caballo Villar
Editora: Piaget.
Título: Cidade
educadora - princípios e experiências Vol. 1
Autores : Paulo
Roberto Padilha e Moacir Gadotti
Editora: Cortez
Título: Cidade
Educadora a Experiência de Porto Alegre
Autores: Leslie
Toledo, Maria Luiza Rodrigues Flores, Marli Conzatti
Editora: Cortez
Editora
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