Eleições
Presidenciais:
Pitacos de um Professor que lê!
Absurdo é ver
e ouvir Aécio Neves dizer que o seu partido é o partido das privatizações.
Escondido atrás de FHC e de Alkmin e escondendo Azeredo a todo custo, Aécio
assume qual é seu papel na disputa pela presidência do Brasil e pelo comando do
estado: o neoliberalismo.
Neoliberalismo
é uma expressão que nos anos 1990 e no início dos anos 2000 era a coqueluche
dos países ricos e do FMI. Era, para eles, a única saída para os países pobres
e em desenvolvimento. FHC, Azeredo toda a tropa do PFL, hoje, DEM, além dos
ex-ditos socialistas do PPS, isso mesmo, saídos do histórico PCB, defendiam as
aplicações econômicas da Escola de Chigago e do Consenso de Washington, com as
ideias dos economistas Milton Friedman e Friedrich von Rayek.
No seu livro “Estrada
Para a Servidão”, publicado no final da Segunda Guerra Mundial, momento de
expansão do Keynesianismo nos EUA (Welfare State , o estado de Bem Estar Social) e de fortalecimento da extinta União Soviética, Rayek diz que as intromissões
do estado na economia constitui o maior dos tipos de totalitarismo, minorizando
até mesmo o nazi-fascismo.
Desta forma,
vida coletiva ou qualquer tipo de planejamento estatal deveria ser substituído
pelo individualismo. Tudo isso sob a argumentação de
que quanto menor a participação do Estado na economia, maior é o poder dos
indivíduos e mais rapidamente a sociedade pode se desenvolver e progredir,
buscando um Bem-Estar Social. Esse tipo de pensamento pode ser representado
pela privatização e pelo livre comércio. No Neoliberalismo é o mercado que dita
as regras e conduz a produção.
Para refrescar
a memória de alguns e falar aos jovens, lembro as premissas desse grupo, que
contava com apoio, inconteste, dos ex-presidentes dos EUA, Ronald Reagan, George W Bush, Bill Clinton (grande defensor
da ALCA) e de George W. Bush (filho), além de Margareth Thatcher, primeira
ministra do Reino Unido por mais de 12 anos e seu arcabouço geral se resumia em
afirmar e defender que o estado deveria ser desmontado e gradativamente
desativado, com a diminuição dos tributos e a privatização das empresas
estatais, enquanto os sindicatos seriam esvaziados por uma retomada da política
de desemprego, contraposta à política keynesiana do pleno emprego.
Enfraquecendo a classe trabalhadora e diminuindo ou neutralizando a força dos
sindicatos, haveria novas perspectivas de investimento, atraindo novamente os
capitalistas de volta ao mercado.
Para os
liberais e neoliberais, o socialismo também constituía, ou constitui, um ‘demônio’
a ser banido. Para eles é um sistema
político completamente avesso aos princípios da inciativa privada e da
propriedade privada. É essencialmente demagógico na medida em que tenta
implantar um igualdade social entre homens de natureza desigual. É
fundamentalmente injusto porque premia o capaz e o incapaz, o útil e o inútil,
o trabalhador e o preguiçoso. Reduz a sociedade ao nível de pobreza e graças a
igualdade e a política de salários equivalentes, termina estimulando a inércia
provocando a baixa produção. Ao excluir os ricos da sociedade, perde sua elite
dinâmica e seu setor mais imaginativo, passando a ser conduzido por uma
burocracia fiscalizadora e parasitária.
Para
finalizar, lembro que Aécio e FHC simbolizam, na contramão dos países latino-americanos,
os defensores do darwismo social, no sentido de que para eles a sociedade é o
cenário da competição, da concorrência. Ora, se aceitamos a existência de
vencedores, devemos também concluir que deve haver perdedores. A sociedade
teatraliza em todas as instâncias a luta pela sobrevivência. Inspirados no
darwinismo, que afirma a vontade do mais apto, concluem que somente os fortes
sobrevivem cabendo aos fracos conformar-se com a exclusão natural. E sendo
assim, qualquer política assistencialista mais intensa joga os pobres nos
braços da preguiça e da inércia. Deve-se abolir o salário mínimo e os custos
sociais, porque falsificam o valor da mão-de-obra encarecendo-a, pressionando
os preços para o alto, gerando inflação.
Isso é Aécio
Neves. O retrocesso a um sistema econômico que nem os países ricos em crise
aceitam implantar.
Aécio não tem
projeto de governo e nem de oposição, tem sim um apoio midiático de parte da
imprensa golpista brasileira que ressente da democratização das informações e
dos recursos para as informações, que nos anos FHC estavam restritos aos
grandes jornais, revistas e grupos de rádio e TV do Brasil.
Aécio é a
marca do retrocesso e FHC o retrocesso vivo. Com certeza, o Brasil não merece
isso.
Observação:
Acho que todos merecem e devem
ler os clássicos.
Leiam Hayek:
Eu não entendo... Eu penso, penso... e não entendo... Aécio ferra com a vida de milhares de servidores. Serve-se de artimanhas eleitoreiras, subjuga a Constituição Federal, em seu mandato e no do seu sucessor escraviza o funcionalismo público, teatraliza (e com sucesso) a situação em Minas...e, ainda assim, ninguém faz nada?!! Quando é mesmo que eu vou poder, ao menos, gritar aos 4 ventos que Aécio, de político, não tem nada. Ele e seus comparsas formam uma quadrilha sanguinária e sem escrúpulos.
ResponderExcluir